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O sacrifício de animais, realizado na Antiguidade, vai voltar?

A Expiação de Jesus Cristo é o grande e eterno sacrifício que é o ponto central do evangelho (ver Alma 34:8–16). Antes de o Salvador levar a efeito a Expiação, Seu povo do convênio sacrificava animais como símbolo de Seu sacrifício. Essa prática ajudou o povo a ter em mente a futura Expiação (ver Moisés 5:4–8). O mandamento de oferecer sacrifícios de animais terminou com a morte de Jesus Cristo. Na Igreja, hoje, a ordenança do sacramento lembra-nos do sacrifício expiatório do Salvador.

Entretanto, o Profeta Joseph Smith ensinou:

“Supõe-se em geral que os sacrifícios foram inteiramente abolidos, quando se ofereceu o Grande Sacrifício, [isto é, o sacrifício do Senhor Jesus], e que, no futuro, não haverá necessidade da ordenança do holocausto, mas os que afirmam isso, sem dúvida alguma, não estão informados dos deveres, privilégios e autoridade do sacerdócio, nem dos profetas.

A oferta de sacrifícios sempre foi relacionada com o sacerdócio e constitui parte de seus deveres. Os holocaustos principiaram com o sacerdócio e continuarão até depois da vinda de Cristo, de geração em geração. (…)

Esses sacrifícios, assim como toda ordenança que pertence ao sacerdócio, serão restaurados completamente e administrados com todos os seus poderes, [suas] ramificações e bênçãos, quando edificado o templo do Senhor e purificados os filhos de Levi. Isso sempre existiu e sempre existirá, quando os poderes do Sacerdócio de Melquisedeque forem suficientemente revelados. Do contrário, como se efetuará a restauração de todas as coisas de que falaram os santos profetas? Não se deve pensar que de novo se estabelecerá a lei de Moisés, com todos os seus ritos e variedade de cerimônias; continuarão, porém, as coisas que existiram antes dos dias de Moisés, ou seja, os sacrifícios” (History of the Church [História da Igreja], vol. 4, pp. 211–212).

É preciso salientar que Jesus cumpriu a Lei de Moisés, que incluía sacríficos e holocaustos – mas sacríficos de animais são muito mais antigos que a lei de Moisés – e por isso, precisarão ser restaurados, para que haja “uma total, completa e perfeita união e fusão de dispensações e chaves e poderes e glórias ocorram e sejam reveladas desde os dias de Adão até o tempo atual” (D&C 128:18).

De fato, em D&C 13 já vemos referência a essa profecia, pois os filhos de Levi deverão mais uma vez oferecer sacrifícios. Também em D&C 124:39:

“Portanto, em verdade vos digo, que vossas unções e vossas abluções; e vossos batismos pelos mortos; e vossas assembleias solenes e memoriais dos vossos sacrifícios feitos pelos filhos de Levi por vós; e os vossos oráculos nos lugares santíssimos, onde recebeis conhecimento; e os vossos estatutos e juízos, para o início das revelações e do alicerce de Sião, e para a glória, honra, e investidura de todos os seus munícipes são prescritos pela ordenança de minha casa santa, a qual meu povo sempre recebe ordem de construir a meu santo nome. (D&C 124:39)

O presidente Joseph Fielding Smith explicou:

“Estamos vivendo na dispensação da plenitude dos tempos, na qual serão congregadas todas as coisas e todas as coisas desde o princípio serão restauradas. Até mesmo a Terra será restaurada à condição existente antes da transgressão de Adão. A lei do sacrifício também terá que ser restaurada, do contrário não haveria a restauração de todas as coisas decretada pelo Senhor. Será necessário, portanto, que os filhos de Levi, que antigamente ofereciam sacrifícios de sangue em Israel, voltem a oferecer tal sacrifício e completem essa ordenança nesta dispensação. O sacrifício por derramamento de sangue foi instituído nos dias de Adão e terá que, necessariamente, ser restaurado.

O sacrifício de animais completará a restauração quando o referido templo for construído; no início do Milênio ou na restauração, serão feitos sacrifícios de sangue durante tempo suficiente para completar a plenitude da restauração nesta dispensação. Posteriormente, os sacrifícios serão de outro tipo” (Doutrinas de Salvação, ed. Bruce R. McConkie, 1956, 3 vols., vol. 3, pp. 95–96).

Relacionado:

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