Qual o propósito das placas de ouro na tradução do Livro de Mórmon?
A tradução das antigas placas de ouro do Livro de Mórmon por Joseph Smith é um tema que intriga muitos e gera inúmeras discussões e debates.
Em discussões anteriores, foi observado que Joseph Smith utilizou principalmente duas ferramentas durante este processo de tradução: sua pedra vidente pessoal e duas pedras videntes nefitas, também conhecidas como Urim e Tumim.
Essas ferramentas, descobertas junto com as placas, foram essenciais no processo de tradução. No entanto, o método que Joseph empregava ao usar sua pedra vidente, colocando-a em um chapéu para bloquear a luz e ditando o texto para seu escriba, levantou questões sobre a necessidade das placas físicas no processo de tradução.
O peculiar método de tradução usado por Joseph, que aparentemente não exigia a presença física ou aberta das placas, levou alguns a questionar o seu propósito.
Críticos argumentam que, se as placas não eram necessárias para a tradução, por que foram transportadas, enterradas e guardadas com tanto esforço? Esse ceticismo é compreensível e merece ser explorado.
Entendendo o processo de tradução
A mecânica da tradução do Livro de Mórmon permanece em grande parte um mistério. Em 1831, quando Hyrum, irmão de Joseph, pediu detalhes sobre o processo de tradução, Joseph respondeu que não era para o mundo saber todos os detalhes do surgimento do livro.
Ele frequentemente afirmava que traduziu o registro pelo “dom e poder de Deus” sem maiores explicações. Essa falta de explicação detalhada dificulta a determinação do papel exato das placas no processo de tradução.
Alguns estudiosos, como Don Bradley, sugeriram que, enquanto a pedra vidente permitia a Joseph traduzir sem as placas de ouro, o uso dos intérpretes poderia ter exigido a presença física das delas. Isso indica que, sob certas circunstâncias, as placas eram realmente necessárias.
Mesmo que as placas ouro não fossem diretamente necessárias para o processo de tradução, elas serviram a propósitos significativos.
Os anos que Joseph passou esforçando-se para ser digno de recuperar as placas do anjo Morôni ajudaram a moldar seu caráter e compromisso com seu chamado profético. As placas de ouro tornaram-se uma fonte de motivação, um símbolo de sua responsabilidade e prestação de contas.
A existência física das placas de ouro também testou o caráter de Joseph. As placas eram um fardo tangível, com múltiplas tentativas de outras pessoas para tomá-las à força. Esta ameaça constante destacou a seriedade da missão de Joseph e solidificou ainda mais sua determinação e fé.
Autenticidade e validação histórica
Além disso, a existência das placas de ouro serve como uma peça crucial de evidência para a autenticidade do Livro de Mórmon.
Se as placas eram artefatos nefitas autênticos, elas validam a realidade histórica das pessoas e eventos descritos no livro. Isso contraria o argumento de que o Livro de Mórmon é puramente uma obra de ficção inspirada.
A existência das placas, como descrito por Daniel Peterson, é um desafio para quem descarta a historicidade dos nefitas, mas acredita que Joseph Smith era um profeta inspirado.
Testemunho e testemunhas das placas de ouro
As placas também forneceram um meio crítico para que outros testemunhassem a realidade das afirmações de Joseph.
Depois que as três testemunhas viram as placas por meio de um anjo, Joseph expressou profundo alívio e alegria, sabendo que outras pessoas podiam testemunhar a verdade de suas experiências. Esse testemunho compartilhado aliviou o imenso fardo de ser o único indivíduo ciente da realidade das placas de ouro.
Embora o processo de tradução de Joseph Smith nem sempre exigisse a presença física das placas de ouro, seu significado vai muito além de seu papel na tradução.
As placas de ouro serviram para motivar e testar Joseph, autenticar as reivindicações históricas do Livro de Mórmon e fornecer evidências tangíveis para as testemunhas.
Esses propósitos destacam a importância das placas de ouro na narrativa do Livro de Mórmon.
Fonte: Saints Unscripted
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