Escolher acreditar: O passo crucial que te leva à fé

O seguinte artigo é baseado em “A fé não é cega”, do Élder Bruce C. Hafen e Marie K. Hafen. O livro fala de experiências pessoais, perguntas inesperadas e complexidades que encontramos no caminho da vida que podem desafiar nossa fé.

No décimo capítulo, “Escolher acreditar”, os Hafen nos dizem que aprender a acreditar depende de nossa própria escolha de agir e ver por nós mesmos os resultados que a fé pode trazer. Eles escrevem:

Uma tarde, quando nossa família estava visitando uns familiares na cidade de San Diego, nosso filho Tom, de quatro anos, se perdeu em um parque da cidade. Depois de buscá-lo durante várias horas, nossa família se ajoelhou e orou fervorosamente para que Tom fosse guiado a pessoas amáveis e seguras que encontrassem uma maneira de ajudá-lo a voltar para nós. Ligamos para a polícia, descrevemos Tom para eles e demos o endereço e telefone de nossos familiares.

Depois de algumas horas, o departamento de polícia nos ligou para dizer que estavam trazendo ele de volta para nós. Nos sentimos muito aliviados e agradecidos. Em pouco tempo um carro da polícia chegou na casa de nossos familiares com suas luzes vermelhas girando. E Tom estava usando um distintivo de papel bem grande com os dizeres “amigão da Polícia de San Diego”. Tom nos disse depois que quando se deu conta que estava perdido, foi a uma casa e pediu ajuda, essas pessoas chamaram a polícia para dizer que haviam encontrado uma criança perdida. Ele estava conosco novamente quase exatamente como havíamos pedido em nossa oração.

Nessa noite, o irmão mais velho de Tom disse que era como uma mágica, a forma como nossa oração havia nos ajudado a encontrar a Tom. Sabíamos que não era mágica, mas que a oração tinha feito a diferença. Será que Tom houvera aparecido de todos os modos? Não sabíamos, mas escolhemos acreditar que o Senhor havia respondido a nossa oração.

Acreditar

O que significa “acreditar”? E por que o Senhor diria “Buscai com diligência, orai sempre e sede crentes; e todas as coisas contribuirão para o vosso bem”. (D&C 90:24)

Os quatro filhos de Leí nasceram dos mesmos pais bondosos, mas só Nefi e Sam escolheram acreditar. A diferença entre eles e Lamã e Lemuel não estava no que aconteceu com eles, mas sim na atitude que escolheram ter sobre o que aconteceu.

As pessoas tendem a ver o que querem ver, especialmente quando a evidência é conflitiva ou ambígua. Talvez por isso as névoas de escuridão no sonho de Leí descrevem a mortalidade tal como a conhecemos. Deus nos deixa livres, em meio a circunstâncias que nos obrigam a acreditar, para escolhemos por nós mesmo, por vontade própria, se agarramos à barra de ferro em meio a escuridão.

Ao escrever sobre “a vontade de acreditar”, William James disse que “a crença e a dúvida são atitudes vivas, e implicam uma conduta [e uma escolha] por nossa parte”. E com frequência “nossa fé é a única coisa que faz com que o resultado se torne realidade”.

Seguir o Senhor

Sendo assim, “a vida valer a pena” depende de quem está vivendo, porque “o otimismo e o pessimismo são definições do mundo”, e nossa própria reação perante ao mundo tende a determinar qual definição é a correta. Portanto, disse James, “o próprio [significado] do mundo invisível pode depender de [nossa] escolha pessoal.”

E por que Deus criou um mundo assim? É porque algo sucede às pessoas que escolheram “acreditar”, que acreditam o suficiente para fazer a vontade do Senhor, que aprendem Sua doutrina, desenvolvem habilidades como as de Cristo que outras pessoas não se esforçam o suficiente para obter. Seguir a vontade do Senhor os transforma.

Ao acreditar, ao receber o Senhor e segui-Lo, se inicia o processo de chegar a ser como Ele. O Senhor não pode e nem quer nos obrigar a acreditar. Não pode controlar se escolhemos acreditar Nele. Só pode nos oferecer Sua mão, e somente se escolhemos segurar Sua mão, pode nos guiar ao que precisamos para nosso crescimento e nossa felicidade eterna.

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