Dica do terapeuta: como Harry Potter pode ajudar as crianças contra os valentões
Na adaptação cinematográfica 2007 de Harry Potter e a Ordem da Fênix, o nosso herói encontra-se em um confronto com o assassino de seus pais, Voldemort, um bruxo do mal tão aterrorizante que as pessoas nem ousam dizer o seu nome. Harry estava apavorado neste momento, que é algo que seu adversário tira o máximo proveito. Voldemort possui o corpo de Harry, atormentando sua mente com visões de morte e sofrimento, lembrando-o de suas falhas, e provocando-o por ser “fraco”.
É neste momento que Harry vê seus amigos, que vieram ajudá-lo. Eles assistem a sua agonia com amor e preocupação. Ele pensa em suas experiências juntos, em todas as pessoas que já o amou e foram gentis com ele. “Você é o fraco”, diz Harry a seu inimigo. “Você nunca saberá o que é amor ou amizade, e eu sinto pena de você.” Esse acontecimento dá-lhe a força para retirar Voldemort de sua mente e seu corpo.
Pela primeira vez, Harry vê seu inimigo não como um adversário temeroso, nem como um valentão, mas como um indivíduo solitário e patético, cuja tristeza faz com que ele chicoteie para os outros. Harry tem piedade de seu inimigo, reconhecendo que a crueldade e o egoísmo impedirá Voldemort de experimentar as alegrias da amizade e do amor.
Por que os valentões merecem nossa piedade
Pessoas que machucam os outros não são felizes. Elas não são pessoas que têm relacionamentos saudáveis. De um modo geral, são inseguras, um fato que tentam esconder de outras pessoas e até mesmo nelas mesmas. Por estas razões, elas são merecedores de piedade (que não é a mesma coisa que dar desculpas por eles ou não os responsabilizar por seu comportamento).
Pessoas que machucam muitas vezes culpam os outros por seu comportamento e suas atitudes. Elas tentam fazer você acreditar que se você fosse melhor de alguma maneira, então eles não seriam tão maus. Não acredite. Mesmo se você mudar o comportamento que eles reclamam, eles tendem a encontrar algo novo sobre você para criticar.
A crueldade vem da infelicidade. Há uma citação por um autor desconhecido que diz:
“Não espere que todos vão amá-lo. A maioria das pessoas nem se amam”.
E é verdade. A autocomiseração conduz ao comportamento doloroso e crítico. Ela perpetua a mentalidade infantil de fazer os outros se sentirem mal para se sentir bem sobre si mesmo.
Deixe a piedade e o amor substituírem o medo, a mágoa e a raiva
Lembrem-se, as pessoas que são cruéis escolhem ser cruéis, por isso não se responsabilizam pela forma como são. Como Harry Potter, escolha ter piedade de seus inimigos em vez de temê-los. Não importa quantos lacaios eles atraem, eles estão solitários. Quando transmitem como a vida deles é maravilhosa, saibam que o fazem para convencer os outros (e eles mesmos) de que não são miseráveis.
Talvez seja por isso que nosso Salvador nos ordenou a “amar os vossos inimigos, bendizer os que vos maldizem e fazer o bem a eles que vos odeiam, e orar pelos que vos maltratam e vos perseguem” (Mateus 5:44). Ele sabe muito bem que aqueles que machucam os outros estão se machucando. Sua compaixão se estende não apenas à vítima, mas ao perpetrador. Embora Ele os responsabilize, Ele também os ama e nos pede para fazer a mesma coisa.
Fonte: LDS Living
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