Como podemos conhecer Deus quando estamos cheios de dúvidas
O seguinte artigo é um trecho do livro “A Fé Não é Cega”, escrito pelo Élder Bruce C. Hafen e Marie K. Hafen. “A fé não é cega” é um livro que abrange experiências pessoais, perguntas inesperadas e complexidades que encontramos ao longo da vida e que podem desafiar – e também fortalecer – a nossa fé.
No capítulo 12, “A escalada para conhecer a Deus”, o casal Hafen fala sobre como podemos fortalecer nossa fé e desenvolver um testemunho pessoal de Deus e de Cristo, apesar das dúvidas que possamos ter sobre as verdades do evangelho.
As dúvidas no passado e no presente
Por exemplo, uma jovem missionária disse que enfrentar desafios sobre seu testemunho fortaleceu sua fé. Depois de falar sobre sua batalha contra suas muitas perguntas e dúvidas, ela disse: “ainda amo a Deus com todo o meu coração e sei que Ele é real”. Ela também disse que buscar a simplicidade do outro lado da complexidade “tem sido uma âncora para mim”. E então acrescentou: “devido à grande dificuldade da minha jornada para chegar aqui, as crenças que tenho são muito mais preciosas para mim”.
Sua experiência mostra que, quando estamos cercados de medos e coisas complexas, se não escolhemos dar ao Senhor e à Sua Igreja o benefício da dúvida, provavelmente não caminharemos o suficiente pelo caminho da fé e do sacrifício para descobrir a paz que é possível sentir por meio do amor de Deus.
Outro missionário estava preocupado com as dúvidas durante sua missão, mas tinha medo de expressá-las ao seu presidente de missão ou a outras pessoas. Então ele decidiu ter um debate imaginário consigo mesmo, onde ele assumiu as ideias de Corior e desafiou tudo o que Alma disse. E depois ele assumiu o papel de Alma e respondeu às perguntas de Corior.
O missionário disse a Corior: “Eu espero a ressurreição e a vida eterna com minha família. E você?”. Então descobriu que “o Corior que estava dentro de mim ficou mudo”.
Reduzir distâncias
Este processo e estas perguntas “ajudaram a reduzir a distância entre [o missionário] e Deus”. Ele sentia como se cada uma de suas perguntas para Corior se tornasse um degrau de uma escada, cada um dos quais o ajudava a continuar subindo para mais perto de Deus.
Cada um de nós tem acesso a esta escada, mas temos que decidir por nós mesmos se subimos ou não. As perguntas que temos podem ser como degraus que nos dão uma base sólida, ou podem ser buracos pelos quais caímos. Tudo depende de como lidamos com elas e se podemos usar o que já sabemos para confiar no Senhor e enquanto buscamos o que ainda não sabemos.
Podemos usar nossas complexidades para ganhar mais clareza, desde que confiemos em Deus e em Sua Igreja o suficiente para dar a eles o benefício da dúvida sobre nossas perguntas restantes.
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