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Como ajudar nossos filhos a usarem seu arbítrio com responsabilidade

Tad R. Callister, uma autoridade geral emérita nos faz uma pergunta muito interessante: ‘Por que é mais eficaz ensinar princípios do que regras?’. Talvez antes de responder a esta pergunta, seria importante retomarmos o que é uma regra e o que é um princípio. 

Uma regra, segundo o dicionário Priberam, é uma norma; exemplo; prescrição; modelo. Ou seja, algo que precisamos seguir exatamente. Já o princípio, segundo o mesmo dicionário, é aquilo que regula o comportamento ou a ação de alguém; preceito moral; instrução – e se afasta do conceito da regra, se tornando um ponto que exige muito mais de nosso arbítrio.

Nas escrituras, encontramos diversos exemplos de regras e de princípios, que nos ajudarão a ilustrar melhor essa diferença. No Antigo Testamento, lemos a respeito da Lei de Moisés, que continha um conjunto de 613 regras, dado ao povo de Israel por conta de sua dificuldade de receber uma lei maior e o Sacerdócio de Melquisedeque. Já quando o Salvador Jesus Cristo esteve na terra, como registrado no Novo Testamento, Ele estabeleceu uma lei maior, baseada em princípios. 

Temos um outro exemplo disso durante o início da história da Igreja. O Senhor ensinou o princípio da lei da consagração – onde talentos, tempo e bens são sacrificados para o estabelecimento e edificação do reino de Deus – porém, os membros da Igreja não estavam preparados para viver tal princípio, e por isso o Senhor estabeleceu a lei do dízimo (dirigida pelo mesmo princípio, mas mais simples).

E por fim, um exemplo ainda mais perto de nossa realidade. Consideremos um pai que proíbe seu filho de assistir televisão aos domingos. É a regra. Entretanto, se o filho explicar que quer ver televisão, pois quer assistir a um devocional online ou um evento Cara a Cara, é muito provável que o pai reconsidere tal regra. 

O Irmão Callister explica:

“Se sempre respondemos aos nossos filhos com sim e não, retiramos a responsabilidade e o arbítrio deles e colocamos sob nossos ombros. Mas se ensinamos os princípios corretos e deixamos com que respondam suas próprias perguntas, então lhes daremos a chance de usar seu próprio arbítrio e a acelerar o seu processo de crescimento espiritual. Além disso, os ajudaremos a entender como agir levando em consideração situações parecidas que virão num futuro.”

As regras acabam limitando um pouco o uso de nosso arbítrio, mas são necessárias até que tenhamos responsabilidade e compreensão suficientes para dar o próximo passo. Aprender os princípios nos ajudam a usar o nosso arbítrio e progredir. “Usamos princípios sempre que pudermos para maximizar o arbítrio e o crescimento de nossos filhos, mas se eles não conseguem ‘lidar’ com os princípios, então implementaremos as regras necessárias até que eles atinjam tal ponto”, disse o Irmão Callister.

Assim, podemos compreender melhor que as regras estão relacionadas com leis menores, ao mesmo tempo que os princípios são compatíveis com uma lei maior. Deus, como nosso Pai Eterno, nos conhece e nos ensina de acordo com a nossa compreensão. É por este motivo que estamos sempre tão focados em ensinar e aprender princípios doutrinários, pois é por meio deles que seremos elevados a um nível maior, a um nível celestial.

Fonte: Church News

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